A diferença entre a colheita manual e mecanizada.
Entre os séculos 18 e 19 com a revolução Industrial, o ser humano vê cada vez mais as máquinas substituindo o trabalho braçal. É claro e evidente que uma máquina pode produzir ou trabalhar inúmeras vezes mais que uma pessoa, sendo assim, os donos de negócios optam cada vez mais por investir em mecanismos e aumentar assim sua rentabilidade.
Tendo isso, até mesmo o setor agrícola vê essa mudança acontecer, o homem do campo que antes tinha contato direto e intenso com a terra, trabalha hoje nos controles dos equipamentos.
Aqui no Sul de Minas onde a produção de café é muito grande também vemos o quadro mudar e os donos de fazenda e até mesmo os trabalhadores investirem em instrumentos que facilitam o serviço e deixam eles muito menos manual.
No caso da colheita aqui na região temos 2 ferramentas que têm mudado o jeito tradicional que o café era apanhado. Uma delas são as derriçadeiras, ou “maquininhas” ou até “mãozinhas” como são conhecidas. O material que é operado por uma pessoa e vai de pé em pé do fruto rende até 3 vezes mais que uma pessoa que realiza o serviço somente com as mãos. Estima-se que em média 8 em cada 10 pessoas já trabalham utilizando a maquininha
“É um investimento que a curto prazo traz retorno e você passa a ganhar muito mais” diz um apanhador da cidade de Três Pontas – MG.
A outra ferramenta utilizada é na verdade uma máquina, a colheitadeira é como uma espécie de trator que passa entre os pés de café e colhe os grãos numa proporção enorme.
Segundo usuário e especialistas, a máquina apanha em média 4 mil quilos café a cada 10 minutos funcionando, quantidade essa que 10 trabalhadores fariam em 8 horas de trabalho, ou seja, os números ao final da colheita chegam a ser de 70% a 80 % maiores em um período bem menor de tempo.
Toda essa evolução da tecnologia é uma grande vantagem para o produtor que economiza tempo e principalmente dinheiro em sua fazenda. Por outro lado temos os trabalhadores que perdem parcialmente seu lugar, uma vez que a colhedeira substitui no em média 40% dos funcionários, apesar da mão de obra estar cada vez mais escassa, ainda têm aqueles que sobrevivem disso nesta época do ano, e esses têm por sua vez que buscar qualificação em seu serviço, para que a produção nunca pare, nem para o produtor, nem para os apanhadores.